VOLVER A LA PAGINA  PRINCIPAL
Latinoamérica

"Entre el argetinazo y el efecto Lula", Ernesto está equivocado

Barbosa Filho, periodista brasileño

El brillante analista Ernesto Herrera comete algunos graves errores en sú analisis sobre la situación política en Brasil, y hace una comparación poco pertinente con el processo argentino. Tal vez por no vivir en ambos los países, la distancia física lo conduziu a pequeños engaños que me atrevo a intentar corrigir, en portugués, para que no me acusen de erros semellantes:
O tom do artigo de Ernesto Herrera lembra muito o que os pseudo inteletuais de direita fazem contra qualquer governo popular na América Latina e no mundo. É provocativo. Exige de um governo de esquerda que faça a revolução já, agora, imediata. O que para o autor é um desejo, para nossos povos ainda não é.
Fenômeno cultural? Certamente. Mania de se julgar vanguarda do povo? Com certeza!
Queremos sempre, nós intelectuais de esquerda, ditar o caminho ao povo, apressar a revolução. Talvez por não acreditarmos em Marx e L~enin, talvez por estarmos distantes da realidade concreta de nossos povos.
Não há condições objetivas no Brasil, nem na Argentina, de uma revolução pupular. O povo está no estágio em que a História de cominação lhe colocou. O povo vem avançando imensamente em curto prazo de tempo. Como Herrera menciona, governos progressistas foram eleitos na Bolivia, no Equador, na Venezuela e no Brasil. Também será na Argentina em abril. Nossos povos estão demonstrando sua capacidade revolucionária, pelas vias que têm às maõs. Não farão milagres, como certos intelectuais revolucinários desejariam.
Não há saltos na História, compañeros.
Lula, eleito, tem dado demosntrações, em poucas semanas, de sua fidelidade ao povo mais pobre. Ele sabe, tanto quanto nós, que não resolverá todos os problemas. Mas sua aliança aos mais pobres é sua única tábua de salvação frente aos golpes que virão da direita conservadora e corrupta que domina este Brasil há 500 anos!
Antes de pré-julgar, tente entender a estratégia de Lula. Veja que o Brasil, como a Argentina, não está preparada para uma revolução socialista (o que acontecerá com Lula ou sem Lula, com a esquerda argentina no poder ou não).
Deixe que o Lula trate da fome, da educação, da saúde, porque tão logo os 173 milhões de brasileiros tiverem esses direitos básicos, a revolução estará mais próxima. Hoje, vc propor revolução a 43 milhões de brasileiros que sequer se alimentam com o mínimo, é pregar no vazio.
Eu e vc, com nossas barrigas bem alimentadas, somos fracos para pegar em armas, concorda? Então não fique pregando um combate que só interessa à direita, ela sim, muito bem armada de mídia e de balas.
Voltarei ao assunto, sobre tão fantástico artigo do brilhante companheiro Ernesto Herrera.
Saludos socialistas!